O relacionamento amoroso tem sido tema de muitos estudos científicos ao redor do mundo. Afinal de contas, relações amorosas são peças chave para a construção de uma sociedade melhor para vivermos.
Muitas vezes, essas pesquisas nos mostram resultados realmente surpreendentes, desconstruindo alguns estereótipos. Isso significa que nem sempre é uma boa ideia tomar decisões no seu relacionamento amoroso baseado no senso comum.
Continue sua leitura e conheça 5 fatos científicos curiosos sobre relações a dois.
1. O primeiro beijo (e a frequência depois disso) é muito importante
Um estudo feito pela renomada da Universidade de Oxford (no Reino Unido) apontou que o primeiro beijo entre um casal tem o potencial de dizer muito sobre o futuro de um relacionamento amoroso.
O estudo envolveu um questionário online de âmbito internacional, que foi respondido por 308 pessoas do sexo masculino e 594 do sexo feminino, entre 18 e 63 anos de idade.
Constatou-se que beijar tem uma função útil de avaliação do parceiro: mulheres deram maior importância ao beijo em relacionamentos românticos e afirmaram que o primeiro beijo afetaria em maior ou menor grau sua atração por um parceiro em potencial.
O ato de beijar também está associado à ligação entre o casal. Geralmente, e em especial por parte das mulheres, o beijo é considerado muito importante nas relações que duram mais tempo.
Além disso, segundo a pesquisa, a frequência com que o casal se beija tem relação direta com o nível de satisfação do relacionamento amoroso.
2. Casais ficam parecidos fisicamente depois de muitos anos juntos
A equipe científica do Centro de Pesquisa de Dinâmicas de Grupo da Universidade de Michigan (EUA) pesquisou a respeito da aparência física de pessoas dentro de relacionamentos amorosos no longo prazo.
O estudo mostrou que após uma média de 25 anos juntos, os cônjuges acabam ficando com características físicas bastante parecidas.
E tem mais: segundo essa pesquisa da Universidade de Michigan, quanto maior for a felicidade do casal, maior também é a semelhança física.
Os cientistas apontam que uma explicação possível para esse fato pode vir de uma teoria chamada exposição sensorial. Ela presume que as questões emocionais vividas no relacionamento amoroso são fatores de mudança dos nossos vasos sanguíneos, responsáveis por regularem a musculatura da nossa face.
Ou seja, um casal que compartilha tantas vivências ao longo de décadas de relacionamento pode acabar ficando com a mesma fisionomia.
3. Os relacionamentos amorosos são influenciados pelo início da sua vida sexual
Os indivíduos que têm sua primeira experiência sexual mais tarde que a média podem ter relações românticas mais satisfatórias na vida adulta, de acordo com um novo estudo da Universidade do Texas em Austin.
O estudo de Paige Harden, professora assistente do Departamento de Psicologia e do Centro de Pesquisa Populacional, sugere que aqueles que tiveram uma primeira experiência sexual tardia também tinham menos probabilidade de serem casados e tinham menos parceiros românticos na vida adulta.
“A maioria das pessoas experimenta suas primeiras relações íntimas quando são adolescentes, mas poucos estudos examinaram como essas experiências na adolescência estão relacionadas às relações conjugais na idade adulta”, disse Harden.
Ela usou dados do Estudo Nacional Longitudinal sobre Saúde do Adolescente para analisar 1.659 irmãos do mesmo sexo que foram acompanhados desde a adolescência (cerca de 16 anos) até a idade adulta jovem (cerca de 29). Cada irmão foi classificado como tendo uma primeira experiência sexual precoce (menos de 15 anos), em tempo (15-19 anos), ou tardia (mais de 19 anos).
Entre os participantes que eram casados ou que viviam com um parceiro, as pessoas com iniciação sexual posterior eram mais propensas a dizer que estavam felizes com a maneira como eles e seus parceiros lidavam com o conflito, que seus parceiros lhes mostravam amor e carinho e que gostavam de fazer coisas do dia-a-dia com seus parceiros.
A relação se manteve mesmo depois de levar em conta fatores genéticos e ambientais e não podia ser explicada por diferenças no nível educacional, renda ou religiosidade dos adultos, ou por diferenças nos relacionamentos entre adolescentes, no índice de massa corporal ou na atratividade.
Embora a pesquisa tenha muitas vezes se concentrado nas consequências da atividade sexual precoce, os participantes precoces e em tempo deste estudo eram em grande parte não diferenciáveis. Os dados sugerem que a iniciação precoce não é um fator de “risco”, tanto quanto a iniciação tardia é um fator “protetor” na formação de resultados românticos.
Harden disse que é possível que as pessoas que têm seu primeiro encontro sexual mais tarde possam ser mais seletivas na escolha final de parceiros românticos e sexuais.
“Os indivíduos que primeiramente conduzem relacionamentos íntimos no começo da idade adulta, depois de terem adquirido maturidade cognitiva e emocional, podem aprender habilidades de relacionamento mais eficazes do que os indivíduos que primeiro têm relacionamentos íntimos enquanto ainda são adolescentes”, disse Harden.
4. Filmes românticos ajudam a conservar o casamento
Pesquisas apontaram que a probabilidade de um relacionamento amoroso terminar em divórcio é muito menor quando o casal tem o costume de assistir filmes a respeito de relações amorosas.
Mas não é só ver o filme e ponto final. Para ter o resultado do estudo aplicado ao seu relacionamento amoroso, é preciso que você e seu par reflitam e conversem a respeito dos filmes românticos.
Diversos casais aproveitam os roteiros de filmes para, de uma forma saudável, analisar sua própria relação, interagindo e expressando como se sentem no casamento.
Isso faz com que brigas e situações conflituosas aconteçam com menor frequência.
5. Olhar uma foto do seu amor pode ajudar a diminuir a dor de momentos difíceis
Um estudo apontou que o simples fato de olharmos uma foto da pessoa amada ajuda a diminuir sensações de dor. Essa dinâmica de redução de dor também é ativada quando o casal fica de mãos dadas em momentos tristes.
As participantes dessa pesquisa foram mulheres que estavam em um relacionamento amoroso há de menos de seis meses. Ao longo do estudo, essas mulheres comunicavam qual era o seu nível de dor conforme olhavam fotos dos seus namorados e de pessoas desconhecidas.
Na maior parte das vezes, o nível de dor reportado era menor quando elas estavam vendo fotos dos próprios cônjuges.
A conclusão da pesquisa é que apesar de acharmos que o apoio da nossa cara metade durante situações desafiadoras em nossa vida deve ser expressado com abraços, gestos de carinho e palavras amorosas, isso não é totalmente verdade.
O estudo comprovou que o simples ato de olhar uma foto de quem amamos já desencadeia efeitos bastante significativos na redução da dor e da tristeza.
Quer mais dicas sobre a vida a dois? Continue sua leitura e saiba o que fazer quando seu relacionamento cair na rotina.